05/01/2011

Acusação barata sobre "A infalibilidade do Papa"


Alguns já devem ter se deparado com o documentário “Estado do Vaticano”, já refutado pelo nosso amigo Fernando Nascimento do “Cai a Farsa”. Gostaria de aprofundar em um texto contido nesse nefasto livro do Lauro Barros, diz o “pastor”:
Entre os anos 1305-77 a igreja foi governada por dois papas ao mesmo tempo, ambos infalíveis. Um em Avinhão na França e outro em Roma, proferindo anátemas e maldições um contra o outro; não temos espaço para citar a famosa “Epístola de Lúcifer” contra o papa de Avinhão no ano 1351!
A VERDADE DOCUMENTAL:
Seguem a lista dos Papas que governaram a Igreja durante este período:
* 195° Clemente V -1305 a 1314
* 196° João XXII – 1316 a 1334
* 197° Bento XII – 1335 a 1342
* 198° Clemente VI -1342 a 1352
* 199° Inocêncio VI – 1352 a1362
* 200° Bento Urbano V -1362 a 1370
* 201° Gregório XI – 1370 a 1378
Vemos acima que neste período a Igreja foi governada apenas por um Vigário Legítimo e não dois como afirma o pseudopastor.
Talvez o ridículo acusador tenha tido a intenção de referir-se ao Cisma do Ocidente, mas aí fica então em evidência a sua falta de conhecimento histórico, a falta de uma simples pesquisa ou apenas sua falta de escrúpulos que faz com que este dispare acusações sem embasamento histórico, sem provas, com a intenção de enganar os menos instruídos ou atentos.
Ora, mesmo que a fraudulenta acusação do pérfido “pastor” fosse a respeito do Cisma do Ocidente, ainda sim este daria com os “os burros n’ água”, pois o Cisma em nada interfere na legitimidade e na infalibilidade Papal.
O cisma em nada fere a autoridade infalível do Papa já que este foi de ordem política, não espiritual.
Este episódio ocorreu no período de 1378 a 1414 quando teve o início o Concílio de Constança. E mesmo neste período existia apenas um Papa no poder os outros eram antipapas que não detinham de autoridade legítima sobre a Igreja.
O cisma do ocidente foi resolvido pelo Concílio Ecumênico de Constança, 1414 a 1418. Entre outras resoluções o Concílio decidiu a:
* Resignação do Papa romano, Gregório XII (1405-1415);
* Deposição do anti-Papa, João XXIII (1410-1415) em 29/05/1415;
* Deposição do anti-Papa avinhense, Benedito XIII (1394-1415) em 26/07/1417;
* Eleição de Martinho V em 11/11/1417.
Portanto, vemos que em nenhum momento a Igreja foi governada por mais de um Papa ao mesmo tempo. Como sempre é fantasiosa a acusação protestante.
Mas, não terminamos por aqui, ainda existe uma calúnia que não pode passar despercebida. Disse ainda o aleivoso “pastor” Lauro Barros:
“…não temos espaço para citar a famosa “Epístola de Lúcifer” contra o papa de Avinhão no ano 1351″!
“Não temos espaço“??? Ora, assim é fácil! Dessa forma qualquer um pode acusar!
Cita uma suposta epístola que não existe, não cita fonte, não deixa um link para averiguação, não diz ao menos onde podemos ter acesso a tal “epístola”?
Se a Epístola não foi citada por falta de espaço, então porque ao menos não deixou uma indicação?
Quantas malandragens nos meios protestantes! Inventam um documento e vem com desculpa de “falta de espaço!” Ah! Faça-me o favor! Ainda tem gente que acredita nisso?
Como já disse nosso estimado amigo Fernando:
“De 1305 a 1377 o Papa eleito sempre foi UM. Apenas montou residência também em Avignon, na França, sendo o mesmo Papa de Roma. Poderia o Papa escrever contra ele mesmo, a fantasiosa “Epístola de Lúcifer” que o contraditório “pastor” inventou???] ( Nascimento, Fernando – Resposta ao Falso Documentário “O Estado do Vaticano”.)
O diabo é o Pai da mentira, então vos apresento a trajetória de seus filhos, através das palavras de Lutero:
“Que mal pode causar se um homem diz uma boa e grossa mentira por uma causa meritória e para o bem da Igreja (luterana).” (Grisar, Hartmann, S.J., Martin Luther, His life & work, The Newman Press, 1960- pág 522).
A falsa acusação, alicerçada em documentos inexistentes do pérfido “pastor”, mostra muito bem que o protestantismo vem seguindo a risca o conselho do herege que os precederam e daquele que foi e que é causador de toda divisão.
“Aprofundar o conhecimento acerca da história é abdicar ao protestantismo”.John Henry Newman, ministro ex-protestante convertido ao catolicismo.

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