15/10/2010

Opus Dei -
“Nações que em tempos tinham uma grande riqueza de fé e de vocações agora estão perdendo sua identidade, sob a influência deletérea e destrutiva de uma certa cultura moderna. Há quem, havendo decidido que «Deus morreu», se declara a si mesmo «deus», considerando-se o único agente de seu próprio destino, o proprietário absoluto do mundo. (...) Desligando-se de Deus, ao não esperar dele a salvação, o homem crê que pode fazer o que quer e pôr-se como a única medida de si mesmo e de sua ação. Mas quando o homem elimina Deus de seu horizonte, quando declara que Deus «morreu», é ele verdadeiramente feliz? Se faz verdadeiramente mais livre? (...) Quando os homens se proclamam proprietários absolutos de si mesmos e únicos donos da criação, podem verdadeiramente construir uma sociedade na qual reinem a liberdade, a justiça e a paz? Não acontece, ao invés – como demonstra o quotidiano – a difusão do arbítrio do poder, dos interesses egoístas, da injustiça e do abuso, da violência em todas as suas expressões? Ao fim, o homem se encontra mais sozinho e a sociedade, mais dividida e confundida.”

Depois de pôr em relevo que “nas palavras de Jesus há uma promessa: a vinha não será destruída”, Bento XVI assegurou que “a consoladora mensagem que recolhemos destes textos bíblicos é a certeza de que o mal e a morte não têm a última palavra, mas que ao final Cristo vence. Sempre! A Igreja não se cansa de proclamar esta Boa Nova, como acontece também hoje, nesta basílica dedicada ao apóstolo dos povos, que foi o primeiro a difundir o Evangelho em grandes regiões da Ásia Menor e Europa”.

“Só a Palavra de Deus  – continuou – pode mudar profundamente o coração do homem; por isso é importante que tenhamos uma intimidade cada vez maior com ela – tanto cada um dos crentes como as comunidades. A assembléia sinodal dirigirá sua atenção a esta verdade fundamental para a vida e a missão da Igreja. Alimentar-se da Palavra de Deus é para ela sua primeira e fundamental tarefa”.

O Santo Padre disse que “neste Ano Paulino escutaremos ressoar com particular urgência o grito do apóstolo dos povos: «Ai de mim, se eu não anunciar o Evangelho!» (1 Coríntios 9, 16); um grito que se converte em um convite insistente para cada cristão  colocar-se ao serviço de Cristo”.

“«A messe é grande» (Mateus 9, 37), repete também hoje o Mestre divino: muitos ainda não o encontraram e estão à espera do primeiro anúncio de seu Evangelho; outros, apesar de terem recebido uma formação cristã, perderam o entusiasmo e só mantêm um contato superficial com a Palavra de Deus; outros se afastaram da prática da fé e têm necessidade de uma nova evangelização. Não faltam, também, pessoas de reta consciência que se propõem perguntas essenciais sobre o sentido da vida e da morte, perguntas às quais só Cristo pode oferecer respostas convincentes. Por isso, é indispensável que os cristãos de todos os continentes estejam dispostos a responder a quem lhes pedir sobre a razão de sua esperança, (Cf 1 Pedro 3, 15), anunciando com alegria a Palavra de Deus e vivendo o Evangelho sem reservas”.

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